segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Águas: abundância e escassez

Águas: abundância que pode estar com seus dias contados


Juliana Coelho
Foto1: rio São francisco.
fonte  Juliana Coelho
Quando abrimos a torneira diariamente, na maioria das vezes não pensamos que a água poderá acabar, mas, do jeito que as coisas vão, a água de qualidade no planeta será extremamente escassa.
Se falta água em casa, todo mundo fica de cabelo em pé. Tomar banho? Beber? Lavar a roupa,?E a louça? Cozinhar?E na  Indústria?  Ela é usada diariamente, seja para consumo ou na cadeia produtiva das empresas, tudo precisa de água, a vida no planeta, só foi possível graças a este recurso.

  Essa substancia recobre ¾ da superfície do nosso planeta e constitui também ¾ do nosso organismo.
  Os oceanos, rios, lagos, geleiras, calotas polares, pântanos e alagados cobrem cerca de 354.200 km² da Terra, e ocupam um volume total de 1.386 milhões de km³. Apenas 2,5% desse reservatório, porém, consiste de água doce, fundamental para a nossa sobrevivência, sendo o restante impróprio para o consumo. Além disso, 68,9% da água doce está na forma sólida, em geleiras, calotas polares, etc. As subterrâneas e de outros reservatórios chegam a 30,8%, e a  acessível ao consumo humano, encontrada em rios, lagos e alguns reservatórios subterrâneos, somam apenas 0,3%, ou 100 mil km³. 
  Porém, com tanta abundância, a sua disponibilidade tornou-se limitada pelo comprometimento de sua qualidade.
  Na região metropolitana de São Paulo, metade da água disponível está afetada pelos lixões que não tem qualquer tratamento sanitário. No Rio de Janeiro diminuiu-se a oferta desse recurso para fins de uso doméstico e industrial devido à poluição crescente por esgoto urbano. A Região Norte, que tem a maior reserva de água doce do Brasil, é a que mais contamina os recursos hídricos despejando agrotóxicos, mercúrio dos garimpos e lixo bruto nos rios.

  A população cresce, cresce também a competição entre a demanda de água para uso doméstico e industrial e a demanda para a produção agrícola. Para futuramente a água não ficar totalmente escassa, antes de qualquer outra medida, deve-se adotar o uso responsável para preservar a que temos. Sabendo usá-la muitos problemas já podem ser evitados.
 As medidas são muito simples:

Na cozinha – limpe os restos dos alimentos de pratos e panela, antes de lavá-los. Tampe o ralo e encha a pia com água para deixar a louça de molho e soltar a sujeira. Só use água corrente na hora de enxaguar. Para lavar verduras, frutas, e legumes, coloque os alimentos de molho em uma vasilha com gotas de vinagre ou solução de hipoclorito. Depois, passe-os em água corrente para terminar de limpá-los. Se tiver máquina de lavar pratos, só a ligue quando estiver com toda a sua capacidade preenchida;


Na lavanderia – deixe as roupas de molho antes de lavá-las e use a mesma água para esfregar as roupas com sabão. Só abra a torneira na hora de enxaguá-las. Se tiver máquina de lavar, use-a sempre com a carga máxima. Tome cuidado com o excesso de sabão, para evitar enxágües desnecessários. Se for comprar uma máquina nova de lavar roupas, dê preferência àquelas de abertura frontal, que são mais econômicas que as de abertura superior;



No jardim – Regue as plantas à noite ou de manhã, evitando as perdas de evaporação nas horas mais quentes: molhe a base da planta, o solo e não desperdice água na folhagem. A água de chuva pode ser armazenada para esse uso;



No quintal – evite lavar o carro, mas se for fazê-lo, prefira um balde à mangueira. Reaproveite essa água, desde que isenta de sabão ou outros produtos químicos, para regar as plantas do jardim. Ao limpar a calçada ou áreas impermeabilizadas, use a vassoura para varrer a sujeira e somente água;



Vazamentos – verifique vazamentos no vaso sanitário, jogando cinzas no fundo. Se houver movimento, é porque existe vazamento. Para isso, também vale usar o hidrômetro. Feche as torneiras, desligue os aparelhos que consomem água e deixe abertos os registros nas paredes, os quais alimentam a saída d’água. Anote o numero do hidrômetro depois de algumas horas, para ver se houve alteração. Se houve mudança sem se consumir água, há vazamento;



Reaproveitando a água – a que você usou no enxágüe da louça, pode ser reutilizada para dar descarga nos vasos sanitários ou para lavar o quintal. A de lavagem do carro, utilizando-se balde, serve ou para o jardim ou o quintal. Prefira também as caixas de descarga acopladas nos vasos sanitários a válvulas, pois economizam até 50% de água em cada descarga. Para regar o jardim, a mangueira com esguicho, tipo revólver, é a mais econômica.
O Banco Mundial (BIRD), adotou alguns procedimentos em nível global para melhoria do gerenciamento da água. Eis alguns: ·
  • Incorporar as questões relacionadas com a política e o gerenciamento dos recursos hídricos nas conversações periódicas que mantém com cada país e na formulação estratégica de ajuda aos países onde as questões relacionadas com a água são significativas.
  • Apoiar as medidas para o uso mais eficiente da água. 
  • Dar prioridade à proteção, melhoria e recuperação da qualidade da água e à redução da poluição das águas através de políticas "poluidor-pagador" (quem polui paga, na proporção do dano).
Essas medidas são uma síntese do que pode ser feito, ajudando assim a melhorar um futuro que poderá ser bastante complicado!

Bibliografia


·                                
Dantas, V. Água: sabendo usar não vai faltar. Brasil nuclear. Ano 9, nº 24, jan-mar, 2002.


·                                  
Dantas, V. Do mar para as torneiras. Brasil nuclear. Ano 9, nº. 24, jan-mar, 2002.


·                                  
Dantas, V. A "grande hidrovia". Brasil nuclear. Ano 9, nº. 24, jan-mar, 2002.


·                                  
Guardia, E. – Um mar subterrâneo. Brasil nuclear. Ano 9, nº 24, jan-mar, 2002.


·                                  
Guardia, E. Radiação torna a água mais limpa. Brasil nuclear. Ano 9., nº 24, jan-mar, 2002.


·                                  
Meio Ambiente.: Produção e tecnologias limpas – Informativo da Fundação Carlos Alberto Vazolini. Departamento de Engenharia de Produção da Escola Politécnica – USP. Ano IX, no. 42, mar.-abr., 2000.


·                                  
Secretaria do meio ambiente. Consumo sustentável. Governo do Estado de São Paulo. Secretaria do Meio Ambiente. Jan. 1998.


·                                  
Secretaria do meio ambiente – Olho d’água – Governo do Estado de São Paulo. Secretaria do Meio Ambiente. Edição especial. Jun. 2001

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